Nesta terça-feira (27/04) foi divulgada a programação completa de um dos eventos que mais crescem em São Paulo: a Virada Cultural. Apesar dos nomes consagrados da música do Brasil e alguns bons artistas novos, 2010 é o ano que o rap brasileiro mais perdeu espaço nos palcos do evento.
Em 2009, o rap ficou restrito a aparições em CEUs e um espaço dedicado aos DJs, na São Bento. Um ano antes, em 2008, a situação também não foi das melhores. O Hip Hop teve um palco dedicado, mas era o mais distante dos demais e o único com presença de revista policial.
O ponto-chave da repressão ao rap teve início após a fatídica apresentação dos Racionais MC’s, em 2007, no palco principal da Virada Cultural São Paulo. O episódio, que ficou marcado por um tumulto, serviu de “desculpa” para manchar a imagem do rap para a opinião pública.
Ao contrário do que se podia imaginar, a edição 2010 da Virada Cultural conseguiu reduzir o pouco espaço que o rap teve em 2009. Entre os poucos representantes deste ano estão Rappin Hood, Emicida e Z’África Brasil, todos com shows marcados em CEUs, além de oficinas de grafite e workshops de dança em outros pontos da cidade.
Será que o rap ainda paga pelo tumulto ocorrido em 2007 ou o fato é também culpa dos grupos, que não estavam preparados para atender ao pedido da burocrática documentação necessária para o ingresso no line up do evento? Resumindo, quem curte rap e pretendia ficar na região central, onde a maioria dos eventos da Virada Cultural acontecerão, vai ficar no prejuízo? Comente!
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